Helena estava aflita; o conselho de Isabele começava a pesar em sua mente. Ela sabia, mesmo não admitindo, que Isabele tinha razão. Ela seria pega, não importava quando, como ou onde. Ah, que droga, pensou Helena, aflita. Se meu pai souber que estive com o Max, ele me mata. Na verdade, ele iria me matar de qualquer jeito mesmo.
Os dois tentavam se manter calmos, fingindo indiferença á situação. Helena andava de um lado para o outro, evitando olhar para Max. Já ele a encarava sem vergonha alguma, pressentindo o mesmo que ela: o que eles temiam estava próximo. Mais do que podiam imaginar.
— Max, escuta — disse Helena, por fim. Se ela tinha que avisá-lo, seria agora. — Se alguém vier me buscar, eu quero que você se esconda. Não vai poder ficar aqui.
Ele não disse nada, apenas assentiu. Mas também o que eu poderia fazer? Pensou ele. Os dois sabiam da possibilidade de ele ser mandado de volta para o tio, e ninguém queria isso. E ela também não queria que ele estivesse assistindo á sua humilhação.
Sentada ali, sem mais nada a dizer, ela escutou o que esperara. Ela chamara por aquilo, focara nele, e agora estava ali. Um pesadelo real.
Tudo o que ela pode fazer foi lançar um olhara triste á Max antes de atender á visita, que batia furiosamente em sua porta. Copyright 2011. Autoria de Bianca L. Spinola - Todos os direitos reservados. Proibida cópia parcial ou total deste conteúdo sem autorização expressa do autor.
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